QUALIDADE DE VIDA E CONSUMO DE ALIMENTOS DE RISCO E PROTEÇÃO PARA AS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA ADQUIRIDA

Autores

  • Cláudia Helena Jasper Universidade do Vale do Itajaí
  • Tatiana Mezadri Universidade do Vale do Itajaí
  • Isabela Caprara Pamplona Universidade do Vale do Itajaí
  • Fabíola Hermes Chesani Universidade do Vale do Itajaí
  • Soraia Dornelles Schoeller Universidade Federal de Santa Catarina
  • Leo Lynce Valle de Lacerda Universidade do Vale do Itajaí
  • Luciane Peter Grillo Universidade do Vale do Itajaí

DOI:

https://doi.org/10.33362/ries.v8i2.1523

Palavras-chave:

Qualidade de vida, Consumo de Alimentos, Pessoas com Deficiência

Resumo

Este estudo objetivou avaliar a qualidade de vida (QV) e o Consumo de Alimentos de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) de pessoas com deficiência física adquirida residentes no município de Itajaí, SC. A população foi caracterizada por meio de questionário socioeconômico tipo de deficiência e presença de comorbidades. Para avaliar a QV e o consumo alimentar utilizou-se o questionário Whoqol_bref e de frequência alimentar com mensuração convertida em escores, respectivamente. Foram avaliados 164 indivíduos, a deficiência predominante foi hemiplegia (26,1%) seguida por paraplegia (22,2%). Com relação à QV, na avaliação geral o domínio “psicológico” foi o que apresentou maior escore (62,86 pontos) e o domínio com menor escore foi o “físico” (55,41 pontos). Entre os entrevistados, o maior consumo dos alimentos de proteção para as DCNT (p=0,001) esteve entre aqueles que recebiam renda de até 2 salários mínimos (SM) e renda de mais de 4 SM. As demais variáveis não apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação ao consumo de alimentos de risco e proteção para as DCNTs.

Referências

ALMEIDA, A. E. C. G. de. Diabetes mellitus como causa de amputação não traumática no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia [Dissertação]: Universidade Federal de Uberlândia; Uberlândia, 2008.

AZEVEDO, E. C. C.; DIAS, F. M. R. S. da; CABRAL, P. C. Consumo alimentar de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis e sua associação com a gordura corporal: um estudo com funcionários da área de saúde de uma universidade pública de Recife (PE), Brasil. Revista Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 19, n. 5, p. 1613-1621, 2014.

BAMPI, L. N. S.; GUILHEM, D.; LIMA, D. D. Qualidade de vida em pessoas com lesão medular traumática: um estudo com o WHOQOL-bref. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 11, n. 1, p. 67-77, 2008.

BRASIL. Decreto nº 914, de 6 de setembro de 1993. Institui a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, e dá outras providencias. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d0914.htm. Acesso em: abril 2016.

BRASIL. Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm. Acesso em: abril 2016.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demográfico, Características gerais da população, religião e pessoas com deficiência, 2010. Disponível em: www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/caracteristicas religiao deficiencia/caracteristicas religiaodeficiencia tab pdf.shtm.

BRASIL. Ministério da Saúde. Guia Alimentar para a população brasileira. Brasília/ DF 2014. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf Acesso em: abril 2016.

CANHA, L. M. N. Comportamentos e saúde nas crianças e adolescentes com deficiência motora. Journal of child and adolescent Psychology, Lisboa, n. 1, p. 135-155, 2010.

CARVALHO, M. L. A empresa contemporânea: sua função social em face das pessoas com deficiência. Belo Horizonte: Del Rey, 2012 (p.102).

CASTRO, S. S. et al. Deficiência visual, auditiva e física: prevalência e fatores associados em estudo de base populacional. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 8, n. 24, p. 1773-1782, 2008.

Castro SS, Levefre F, Lefevre AMC, Cesar CLG. Acessibilidadeaos serviços de saúde por pessoas com deficiência Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 45, n. 1, p. 99-105, 2011

FLECK, M. P. A. et al. Aplicação da versão em português do instrumento abreviado de avaliação de qualidade de vida “WHOQOL_bref”. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 178-183, 2000.

FORNÉS, N. S. de et al. Escores de consumo alimentar e níveis lipêmicos em população de São Paulo, Brasil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 36, n. 1, p. 12-18, 2002.

FRANÇA, I. S. X. et al. Qualidade de vida em pacientes com lesão medular. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 34, n. 1, p. 155-163, 2013.

FURLAN-VIEBIG, R.; PASTOR-VALERO, M. Desenvolvimento de um questionário de frequência alimentar para o estudo de dieta e doenças não transmissíveis. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 38, n. 4, p. 581-584, 2003.

GANESH, S.; MISHRA, C. Physical Activity and Quality of Life among Adults with Paraplegia in Odisha, India. Sultan Qaboos University Medical Journal, Oman, v. 16, n. 1, p. 54-61, 2016.

GROAH, S. et al. Nutrient intake and body habitus after spinal cord injury: an analysis by sex and level of injury. The Journal of Spinal Cord Medicine, New York, v. 32, n. 1, p. 25-33, 2009.

HAMMELL, K. W. Quality of life, participation and occupational rights: A capabilities perspective. Australian Occupational Therapy Journal, v.62, p.78-85, 2015.

HOLANDA, C. M. A. D. E. et al. Redes de apoio e pessoas com deficiência física: inserção social e acesso aos serviços de saúde. Revista Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, p. 175-184, 2015.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa de Orçamento Familiar. 2009. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009/default.sh tm/ Acesso em: abril de 2016.

LENZ, A. et al. Socioeconomic, demographic and lifestyle factors associated with dietary patterns of women living in Southern Brazil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 25, n. 6, p. 1297-1306, 2009.

MARTINS, A. J. et al. Adolescentes com osteogênese imperfeita - qualidade de vida. Revista Adolescência e Saúde, Rio de Janeiro, v. 11, n. 1, p. 7-17, 2014.

MILIOLI, R. et al. Qualidade de vida em pacientes submetidos à amputação. Revista de Enfermagem da UFSM, Santa Maria, v.2, n.2, p.311-319, 2012.

NOGUEIRA, G.C. et al. Perfil das pessoas com deficiência física e Políticas Públicas: a distância entre intenções e gestos. Ciência e Saúde Coletiva, v. 21, n.10, p.3131-3142, 2016.

OMS - Organização Mundial da Saúde. CIF: Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde. Trad. do Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para a Família de Classificações Internacionais. São Paulo: EDUSP, 2003.

PANGALILA, R. F. et al. Quality of life of adult men with Duchenne muscular dystrophy in the Netherlands: Implications for care. Journal of Rehabilitation Medicine, Uppsala, v.47, n. 2, p.161-166, 2015.

PHILERENO, D.C.; SARTOR, N.; ROTTA, C.; KREWER, E. J.; OLIVEIRA, S. M. Qualificação das pessoas com deficiência para o mercado de trabalho: um estudo de caso em Caxias do Sul – RS. Estudo & Debate, v. 22, n. 1, p. 160-179, 2015.

PINHO, C. P. S. et al. Consumo de alimentos protetores e preditores do risco cardiovascular em adultos do estado de Pernambuco. Revista de Nutrição, Campinas, v.25, n.3, p.341-51, 2012.

RESENDE, M. C; NERI, A. L. Ajustamento psicológico e perspectiva de velhice pessoal em

adultos com deficiência física. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 14, n. 4, p. 767-776, out./dez. 2009.

RODRIGUES, S. M. de; AOKI, M.; OLIVER, F. C. Diagnóstico situacional de pessoas com deficiência acompanhadas em terapia ocupacional em uma unidade básica de saúde. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, São Carlos, v.23, n.4, p.781-794, 2015.

SANTOS, E. A. et al. Analysis of the dietary habits and nutritional status of patients with spinal cord injury after nutritional intervention. Acta Fisiátrica, São Paulo, v.21, n.3, p.121-131, 2014.

SANTOS, G. C. dos et al. A inserção das pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v.12, n.2, p.196-205, 2014.

World Health Organization (WHO). Constitution of the World Health Organization. Basic Documents. Genebra, 1946. Disponível em: http://www.who.int/governance/eb/who_constitution_en.pdf Acesso em: abril 2016.

World Health Organization (WHO). The World Health Report 2002: reducing risks, promoting healthy life. Geneva: WHO, 2002.

ZOŁNIERCZYK-ZREDA D, MAJEWSKI T. Adaptation of the working environment to the capacities of workers with physical, intellectual and mental disabilities. Med Pr; v. 63, n. 4, p. 493-504, 2012.

Downloads

Publicado

2019-10-21

Como Citar

Jasper, C. H., Mezadri, T., Pamplona, I. C., Chesani, F. H., Schoeller, S. D., Lacerda, L. L. V. de, & Grillo, L. P. (2019). QUALIDADE DE VIDA E CONSUMO DE ALIMENTOS DE RISCO E PROTEÇÃO PARA AS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA FÍSICA ADQUIRIDA. Revista Interdisciplinar De Estudos Em Saúde, 8(2), 41–55. https://doi.org/10.33362/ries.v8i2.1523

Edição

Seção

Reabilitação, Saúde e Qualidade de Vida