INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS POTENCIAIS EM UM CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL ADULTO
DOI:
https://doi.org/10.33362/ries.v12i1.1883Palavras-chave:
Interações Medicamentosas, Psicotrópicos, Serviços de Saúde Mental.Resumo
No campo da saúde mental, os psicofármacos instituíram-se como o recurso terapêutico mais utilizado para tratar os sintomas, no entanto, um elevado número de interações medicamentosas são identificadas quando se associam fármacos que atuam no sistema nervoso como antipsicóticos, antidepressivos, anticonvulsivantes, ansiolíticos e estabilizadores do humor. O objetivo desta pesquisa foi avaliar potenciais interações medicamentosas entre os usuários do Centro de Atenção Psicossocial adulto de um município do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo epidemiológico, com delineamento transversal e analítico, realizado com os usuários com cadastro ativo no Centro de Atenção Psicossocial II do município. As informações foram acessadas por meio dos prontuários e as potenciais interações medicamentosas identificadas na base de dados Micromedex. Foram incluídos no estudo 448 usuários, entre eles 99,3% faziam uso de medicamentos, dos quais a maioria (82,4%) estava exposto a pelo menos uma interação medicamentosa potencial. No total, foram identificadas 1.125 interações, com média de 2,52±2,26 interações/usuário. Das interações 2,1% foram classificadas como contraindicadas, 71,6% maior, 22,8% moderadas e 3,4% menores. Identificou-se associação entre interação medicamentosa e as variáveis polifarmácia e internação hospitalar anterior. Evidencia-se elevado número de potenciais interações medicamentosas entre os usuários avaliados, o que destaca a necessidade de se instituir estratégias que diminuam os prejuízos à saúde devido a essas interações. Nesse contexto, a a intervenção farmacêutica é fundamental para o monitoramento do tratamento com psicofármacos e redução dos riscos potenciais relacionadas a farmacoterapia.Referências
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