PRÁTICAS COLABORATIVAS E INTERPROFISSIONAL NA TERAPIA INTENSIVA: Conhecimento, Reflexos e Limitações

Autores/as

  • Tássio Breno de Sousa Lopes Lavôr Universidade Estadual do Piauí - UESPI
  • Sônia Maria de Araújo Campelo Universidade Estadual do Piauí - UESPI
  • Maria do Carmo Campos Pereira Universidade Estadual do Piauí - UESPI.
  • Danielle Vilela Lopes Universidade Estadual do Piauí - UESPI.
  • Jainara Delane Silva Pinheiro Universidade Estadual do Piauí - UESPI.
  • Kelly Neuma Lopes de Almeida Gentil Schneider Universidade Estadual do Piauí - UESPI.
  • Gabriela de Sousa Dantas Cunha Universidade Estadual do Piauí - UESPI.
  • Lidiane Cristina Silva Isaías Universidade Estadual do Piauí - UESPI.

DOI:

https://doi.org/10.33362/ries.v8i1.1430

Palabras clave:

Equipe de Assistência ao Paciente, Equipe Interdisciplinar de Saúde, Unidades de Terapia Intensivas.

Resumen

Este artigo tem como objetivo analisar o conhecimento dos profissionais da terapia intensiva sobre a importância das práticas colaborativas e interprofissionais, bem como sua aplicabilidade e limitações. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada mediante a percepção de profissionais no Centro de Terapia Intensiva de um hospital referência do Piauí entre os meses de agosto e outubro de 2017. A apresentação dos resultados foi organizada em duas categorias temáticas após análise dos discursos, sendo elas: O conhecimento e importância das práticas colaborativas e interprofissionais; Reflexos na assistência ao paciente e limitações para um cenário de práticas colaborativas e interprofissionais. Considera-se que a pratica interprofissional e colaborativa propicia uma melhor organização do serviço e a adoção do respeito, autonomia e vínculo entre profissionais e usuários, visando uma abordagem integral e resolutiva com intervenções multiprofissionais diferenciadas, mas o cenário ainda é permeado por percepções equivocadas e limitações, com dificuldades para sua implementação na rotina.

Palavras-chave: Equipe de Assistência ao Paciente. Equipe Interdisciplinar de Saúde. Unidades de Terapia Intensivas.

 

COLLABORATIVE AND INTERPROFESSIONAL PRACTICES IN INTENSIVE THERAPY: Knowledge, Reflexes and Limitations

ABSTRACT: This article aims to analyze the knowledge of intensive care professionals about the importance of collaborative and interprofessional practices, as well as their applicability and limitations. It is a qualitative research carried out through the perception of professionals in the Intensive Care Center of a reference hospital in Piauí between August and October 2017. The presentation of the results was organized in two thematic categories after discourse analysis, being they: The knowledge and importance of the collaborative and interprofessional practices; Reflexes in patient care and limitations to a scenario of collaborative and interprofessional practices. It is considered that the interprofessional and collaborative practice provides a better organization of the service and the adoption of respect, autonomy and link between professionals and users, aiming at an integral and resolutive approach with differentiated multiprofessional interventions, but the scenario is still permeated by misperceptions and limitations, with difficulties for its implementation in the routine.

Keywords: Patient Assistance Team. Interdisciplinary Health Team. Intensive Therapy Units.

Biografía del autor/a

Tássio Breno de Sousa Lopes Lavôr, Universidade Estadual do Piauí - UESPI

Pós Graduação Latu sensu em Residência Multiprofissional. Carreira desenvolvida na área de Enfermagem, experiência no planejamento e execução de atividades para o atendimento de pacientes de alta complexidade, com ênfase no desenvolvimento assistêncial e atividades gerenciais no âmbito da Terapia Intensiva.

Sônia Maria de Araújo Campelo, Universidade Estadual do Piauí - UESPI

Enfermeira. Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí - UFPI. Enfermeira da Secretária de Saúde do Estado do Piauí e Professora Efetiva da Universidade Estadual do Piauí – UESPI.

Maria do Carmo Campos Pereira, Universidade Estadual do Piauí - UESPI.

Enfermeira. Residência pelo programa de Residência Integrada Multiprofissional em Terapia Intensiva da Universidade Estadual do Piauí - UESPI.

Danielle Vilela Lopes, Universidade Estadual do Piauí - UESPI.

Enfermeira. Residência pelo programa de Residência Integrada Multiprofissional em Terapia Intensiva da Universidade Estadual do Piauí - UESPI.

Jainara Delane Silva Pinheiro, Universidade Estadual do Piauí - UESPI.

Enfermeira. Residência pelo programa de Residência Integrada Multiprofissional em Terapia Intensiva da Universidade Estadual do Piauí - UESPI.

Kelly Neuma Lopes de Almeida Gentil Schneider, Universidade Estadual do Piauí - UESPI.

Enfermeira. Residência pelo programa de Residência Integrada Multiprofissional em Terapia Intensiva da Universidade Estadual do Piauí - UESPI.

Gabriela de Sousa Dantas Cunha, Universidade Estadual do Piauí - UESPI.

Psicológa. Residência pelo programa de Residência Integrada Multiprofissional em Terapia Intensiva da Universidade Estadual do Piauí - UESPI.lidianeft@gmail.com

Lidiane Cristina Silva Isaías, Universidade Estadual do Piauí - UESPI.

Fisoterapeuta. Residência pelo programa de Residência Integrada Multiprofissional em Terapia Intensiva da Universidade Estadual do Piauí - UESPI.

Citas

ARAUJO, M. M. T. et al. Inteligência emocional no trabalho em equipe em cuidados paliativos. Revista Bioethikos, Centro Universitário São Camilo, v.6, n.1, p.58-65, 2012.

AYRES, J. R. C. M. Cuidado e reconstrução das práticas de saúde. Interface, Botucatu, v.8, n.14, pp.73-92, 2004.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Ed. 70, 229 p, São Paulo, 2011.

BATISTA, N. A. Educação inteprofissional em saúde: concepções e práticas. Rio de Janeiro, Cad Fenepas, v. 2, p. 5‑28, 2012.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Política nacional de educação permanente para o controle social no Sistema Único de Saúde – SUS. Brasília (DF): Editora do Ministério da Saúde, 2006.

BRUSCATO, W. L. et al. O trabalho em equipe multiprofissional na saúde. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2004. p. 34-41.

CAMARGO, B.V.; JUSTO, A.M. IRAMUTEQ: Um software gratuito para análise de dados textuais. Temas em Psicologia, v.21, n.2, p.513–518, 2013.

CATÃO, A.L.; CRONEMBERGER, L.F.; CAPPANARI, S. Práticas colaborativas. Saber em Ação, São Paulo, 2014.

D’AMOUR, D; OANDASAN, I. Interprofessionality as the Field of Interprofessional Practice and Interprofessional Education: An Emerging Concept. Journal of Interprofessional Care, v.10,p.8-20, 2005.

ELLERY, A. E. L.; BARROS, E. R. S.. Inter-professional collaboration in an Intensive Care Unit: Challenges and opportunities. Rev Rene, v.17, n.1, p.10-9, 2016.

ESCALDA, P.; CYRINO, C. P. A. Dimensões do trabalho interprofissional e das práticas colaborativas desenvolvidas em uma unidade básica de saúde, por uma equipe de saúde da família. Investigación Cualitativa en Salud, v.2, 2017.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

GUARISCHI, A.; VIEIRA, F.K.R. Comunição e Consciência Situacional - GERHUS: Crew Resource Management: da Aviação para a Medicina. Gerhus, 2010

KHALILI, H.; HALL, J.; DELUCA, S. Historical analysis of professionalism in western societies: implications for interprofessional education and collaborative practice. J Interprof Care, v.1, n.6, 2014.

MALDONADO, M. T.; CANELLA, P. Recursos de Relacionamento para Profissionais de saúde: a boa comunicação com clientes e seus familiares em consultórios, ambulatórios e hospitais. Editora Novo Conceito, Ribeirão Preto, 2009.

MEIRELLES, B. H. S. Viver saudável em tempos de Aids: a complexidade e a interdisciplinaridade no contexto de prevenção da infecção pelo HIV. 2003. f. 620 (tese). (Programa de Pós Graduação em Enfermagem) - Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003.

OLIVEIRA, A. C. et al. Infecções relacionadas à assistência em saúde e gravidade clínica em uma unidade de terapia intensiva. Rev. Gaúcha Enferm, Rio Grande do Sul, v.33, n.3, p.89-96, 2012.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Marco para Ação em Educação Interprofissional e Prática Colaborativa. Brasília (DF): Editora do Ministério da Saúde, 2010. Disponível em: <http://www.who.int/hrh/nursing_midwifery/en/>. Acesso em: 10 Janeiro 2018.

ORLANDO, J. M. C. UTI Muito Além da Técnica: a humanização e arte do intensivismo. Rio de Janeiro, Atheneu, 2001.

PEDUZZI, M. et al. Educação interprofissional: formação de profissionais de saúde para o trabalho em equipe com foco nos usuários. Rev Esc Enferm USP, São Paulo, v.47, n.4, p. 977‑83, 2013.

_______________. Trabalho em equipe de saúde no horizonte normativo da integralidade, do cuidado e da democratização das relações de trabalho. 2007. Disponível em: http://formsus.datasus.gov.br/novoimgarq/10973/1488992_134647.pdf>. Acesso em: 03 janeiro 2018.

RIBEIRO, V. C. Trabalho em equipes de saúde: uma revisão integrativa. 2015. f. 74 (Monografia). (Especialização em Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde) – Universidade Federal de São Paulo, Santos, 2015.

SILVA, E. M.; MOREIRA, M. C. N. Equipe de saúde: negociações e limites da autonomia, pertencimento e reconhecimento do outro. Ciênc Saúde Coletiva, v.20, n.10, p.3033-42, 2015.

SILVA, L. A.; SANTOS, J. N. Concepções e práticas do trabalho e da gestão de equipes multidisciplinares na saúde. Revista de Ciências da Administração. v.14, n. 34, p. 155-168, 2012.

WEGNER, W. et al. Educação para cultura da segurança do paciente: Implicações para a formação profissional. Escola Anna Nery, v.20, n.3, 2016.

WHO - Worl Health Organization. Working Together for Health, WHO Library Cataloguing. Geneva, 2006. Disponivel em: <http://www.who.int/whr/2006/whr06_en.pdf>. Acesso em: 17 Dezembro 2017.

Publicado

2019-05-20

Cómo citar

Lavôr, T. B. de S. L., de Araújo Campelo, S. M., Pereira, M. do C. C., Lopes, D. V., Silva Pinheiro, J. D., de Almeida Gentil Schneider, K. N. L., Dantas Cunha, G. de S., & Silva Isaías, L. C. (2019). PRÁTICAS COLABORATIVAS E INTERPROFISSIONAL NA TERAPIA INTENSIVA: Conhecimento, Reflexos e Limitações. Revista Interdisciplinar De Estudos Em Saúde, 8(1), 11–27. https://doi.org/10.33362/ries.v8i1.1430

Número

Sección

Estudos Interdisciplinares em Saúde