SOBRECARGA DE CUIDADORES INFORMAIS DE IDOSOS
DOI:
https://doi.org/10.33362/ries.v9i1.1724Palavras-chave:
Cuidadores familiares, envelhecimento, saúde ocupacionalResumo
Cuidadores, muitas vezes, sofrem restrições em suas vidas devido à necessidade de dedicação ao cuidado direto ao idoso. O objetivo da pesquisa consistiu em analisar a percepção de sobrecarga de trabalho de cuidadores informais de idosos e sua associação com fatores socioeconômicos. Estudo descritivo transversal, de abordagem quantitativa e qualitativa, a amostra foi do tipo não probabilística (n = 20), desenvolvida com os cuidadores de idosos vinculados à Estratégia Saúde da Família de uma Unidade Básica de Saúde (UBS) do município de Maringá, Paraná, Brasil. A coleta de dados ocorreu de fevereiro a junho de 2017, com os seguintes instrumentos: questionário sociodemográfico, Escala Zarit Burden Interview – EZBI e questionário com questões abertas. Para avaliar as associações utilizaram-se os coeficientes de correlação de Pearson e Somer. Todos os cuidadores entrevistados eram do sexo feminino, sendo a maioria filhas ou esposas dos idosos, com escolaridade igual ou inferior ao ensino médio, renda de 1 a 2 salários mínimos e idade superior a 51 anos. 50% dos cuidadores apresentaram sobrecarga moderada, 25% apresentaram sobrecarga moderada/severa e 25%, sobrecarga severa. Os fatores associados com a percepção de sobrecarga foram: faixa etária, escolaridade, renda e grau de parentesco. A análise qualitativa das respostas mostra que a percepção de sobrecarga de trabalho é amenizada pelos laços afetivos entre os cuidadores e os idosos. A percepção de sobrecarga de trabalho de cuidadores de idosos é influenciada por fatores socioeconômicos e demográficos bem como pelas relações interpessoais estabelecidas no ato do cuidar.
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