SALAS DE ESPERA: SIGNIFICÂNCIAS POLÍTICO-PEDAGÓGICAS DE VIVÊNCIAS TEMÁTICAS (TUBERCULOSE E TABAGISMO) EXPERIMENTADAS EM UM ESTÁGIO
DOI:
https://doi.org/10.33362/ries.v12i1.2111Palavras-chave:
Estágio clínico. Sala de espera. Tuberculose. Tabagismo. Educação superiorResumo
Objetivo: analisar as significâncias político-pedagógicas de duas vivências experimentadas (“Tuberculose” e “Tabagismo”) por estagiários de um curso de Odontologia em salas de espera de uma Unidade de Atenção Primária de Saúde (UAPS). Metodologia: estudo qualitativo transversalmente estruturado sob estratégia narrativo-descritiva e moldado à técnica argumentativa. Resultados: o “Estágio Supervisionado em Unidade de Atenção Primária I” foi didaticamente sistematizado em dois períodos, “Pré-intervenção” e “Intervenção”. Do primeiro, se desvendaram três ações, a “Pactualização do enlace ensino-serviço-comunidade”, a “Contextualização dos acadêmicos estagiários” e a “Estruturação e ambientalização das equipes de trabalho”. Já o segundo foi guiado pela lógica pedagógica do instrumento “TPC” (Teorizar-Praticar-Criticar), onde todas as ações programadas seguiram a lógica ativa do planejamento estratégico, ou seja, contextualizadas às realidades do cenário de prática, ou seja, salas de espera da Unidade de Atenção Primária de Saúde do bairro JK do município de Governador Valadares, MG. Conclusão: das experimentações vivenciadas algumas inferências merecem destaque: a concepção pedagógica de estratégias práticas de ensino pautadas na articulação ensino-serviço-comunidade; a escuta na identificação dos problemas/demandas a serem enfrentadas pela equipe estagiária; o reconhecimento do potencial dos ambientes de espera para a implantação de ações educativas; a importância de disseminar os aprendizados advindos de experimentações práticas de estágios.
Referências
ALMEIDA, L.E. et al. Abordagem do tabagismo em uma sala de espera: uma experiência extensionista. Extensio: R. Eletr. de Extensão, 15(28): 127-136, 2018.
ALMEIDA, L.E. et al. Sala de espera em extensão: Aedes aegypti em foco. Rev. APS., 20(3): 456-460, 2017.
ALMEIDA, L.E. et al. Sala de espera em extensão: doenças sexualmente transmissíveis em foco. Interfaces - Revista de Extensão da UFMG, 5(1): 198-205, 2017.
ALMEIDA, L.E. PRÓ-SAÚDE: Ensino, Pesquisa e Extensão. Juiz de Fora: Editar Editora Associada Ltda, 2009.
ALMEIDA, L.E.; ANDRADE, L.M.D.; ZACARON, K.A.M. Sala de espera em extensão: percursos para a implantação e consolidação de um projeto multiprofissional. Caminho Aberto - Revista de Extensão do IFSC,3(4): 124-127, 2016.
ALMEIDA, L.E.; OLIVEIRA JÚNIOR, G.I. Sistema de Execução do Projeto. In: Almeida, Luiz Eduardo de (organizador). Pró-Saúde: Ensino, Pesquisa e Extensão. Juiz de Fora: Editar Editora Associada Ltda, 2009, pp.: 63-86.
ALMEIDA, L.E.; PEREIRA, M.N.; BARA, E.F. Projeto de Extensão Sabiá: a introdução de uma prática integralizadora no ensino odontológico. In: Almeida, Luiz Eduardo de (organizador). Pró-Saúde: Ensino, Pesquisa e Extensão. Juiz de Fora: Editar Editora Associada Ltda, 2009, pp.: 126-164.
ALMEIDA, L.E.; PEREIRA, M.N.; OLIVEIRA, V. Governador Valadares (MG) em Extensão: Interfaces para a Dinamização e Instrumentalização do Cenário Extensionista em um Campus Recém-Implantado. Rev. bras. educ. med., 40(4): 743-50, 2016.
BELL, J. Projeto de Pesquisa: Guia para pesquisadores iniciantes em educação, saúde e ciências sociais. Porto Alegre: Editora Artmed, 2008.
BICALHO, M.G.P. et al. Projetos interdisciplinares de extensão universitária: possibilidades formativas no campo da saúde. Caminho Aberto - Revista de Extensão do IFSC, 4(7): 78-81, 2017.
BRAIA, F.; CURRAL, L.; GOMES, C. Criatividade em contexto organizacional: o impacto de recompensas extrínsecas e do feedback negativo no desempenho criativo. Revista Psicologia, 28(2): 45-62, 2014.
BRASIL. Instituto Nacional de Câncer (INCA). Tabagismo – um grave problema de saúde pública. Rio de Janeiro: INCA, 2007.
BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº510, de 07 de abril de 2016. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: o cuidado da pessoa tabagista. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Cartilha para o Agente Comunitário de Saúde: tuberculose. Brasília: Ministério da Saúde, 2017.
CARABETTA JÚNIOR, V. A Utilização de Mapas Conceituais como Recurso Didático para a Construção e Interrelação de Conceitos. Rev. bras. educ. med., 37(3): 441-447, 2013.
CRESWELL, J.W. Projeto de Pesquisa: Métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Editora Artmed, 2007.
FREIRE, P. Educação como Prática da Liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 2007.
FREIRE, P. Extensão ou comunicação?. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1983. Disponível em <http://www.emater.tche.br/site/arquivos_pdf/teses/Livro_P_Freire_Extensao_ou_Comunicacao.pdf>. Acesso em 04 jul. 2019.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à pratica educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006.
GONÇALVES, R.N. et al. Práticas Integrativas e Complementares: inserção no contexto do ensino Odontológico. Revista da ABENO, 18(2): 114-123, 2018.
GUIMARÃES, F.A.F.; MELLO, A.L.S.F. Prestação de serviços odontológicos em instituições federais públicas de ensino superior e a integração com a rede de atenção à saúde. Revista da ABENO, 17(3):10-20, 2017.
LAGE, R.H. et al. Ensino e Aprendizagem em Odontologia: Análise de Sujeitos e Práticas. Rev. bras. educ. med., 41(1): 22–29, 2017.
MINAYO, M.C.S. Ciência, técnica e arte: o desafio da pesquisa social. In: Pesquisa Social: teoria, método e criatividade / Deslandes, Suely Ferreira (organizadora). Rio de Janeiro: Editora Vozes, 1994. pp.: 09-29. Disponível em <http://www.grupodec.net.br/wp-content/uploads/2015/10/Pesquisa_Social.pdf>. Acesso em 28 jun. 2019.
NÓBREGA, M.M.; LOPES NETO, D.; SANTOS, S.R. Uso da técnica de brainstorming para tomada de decisões na equipe de enfermagem de saúde pública. R. Bras. Enferm., 50(2): 247-256, 1997.
REUL, M.A. et al. Metodologias ativas de ensino aprendizagem na graduação em Odontologia e a contribuição da monitoria - relato de experiência. Revista da ABENO, 16(2): 62-68, 2016.
ROCHA, J.S. et al. O uso da aprendizagem baseada em problemas na Odontologia: uma revisão crítica da literatura. Revista da ABENO, 16(1): 25-38, 2016.
ROSSETTI, H. Saúde para a Odontologia. São Paulo: Editora Santos, 1999.
SALIBA, N.A. et al. A utilização da metodologia PBL em Odontologia: descortinando novas possibilidades ao processo ensino-aprendizagem. Rev. odonto ciênc., 23(4): 392-396, 2008.
TAVARES, R. Construindo mapas conceituais. Ciências & Cognição, 12(-): 72-85, 2007.
TEIXEIRA, E.R.; VELOSO, R.C. O grupo em sala de espera: território de práticas e representações em saúde. Texto Contexto Enferm., 15(2): 320-325, 2006.
VALENTE, M.A.S. et al. O que te espera na Sala de Espera: educação em saúde em Unidades de Atenção Primária à Saúde (UAPS) de Governador Valadares (MG). Caminho Aberto - Revista de Extensão do IFSC,1(2): 137-141, 2015.
ZACARON, K.A.M. et al. Educação em saúde: a abordagem sobre doenças sexualmente transmissíveis em salas de espera. Caminho Aberto - Revista de Extensão do IFSC,3(5): 61-65, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Luiz Eduardo de Almeida, VALÉRIA DE OLIVEIRA, MABEL MILUSKA SUCA SALAS, Isabelle Mariana Torres Lemos, Hiago Gomes Duarte Pires Dias, Luany Tavares Faquini, Neulimar Mateus Júnior, Ranele Luiza Ferreira Cardoso, Rhaslla Gonçalves Batista, Sarah dos Santos Barbosa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).