USO DE ESPÉCIES VEGETAIS NA SEXUALIDADE HUMANA: REVISÃO SISTEMÁTICA.
Palavras-chave:
medicina tradicional, plantas medicinais, etnobotânica, fitoterapia, TribulusResumo
A sexualidade é uma das características essenciais ao ser humano, presente em todas as culturas e etapas da vida. Historicamente, a humanidade utiliza plantas para tratar e prevenir afecções, inclusive para tratar disfunções sexuais e na melhora da experiência sexual. O objetivo deste estudo foi realizar revisão sistemática de espécies vegetais utilizadas nas práticas populares para tratamento e prevenção de distúrbios sexuais. A busca foi realizada nas bases de dados eletrônicas Science Direct, LILACS, PUBMED e SCIELO, incluindo trabalhos publicados de 2008 a 2019 em inglês, português ou espanhol. A seleção dos estudos, extração de dados e validação foram realizadas de forma independente por dois autores, resultando em 33 publicações. Foram indicadas 66 espécies, pertencentes a 42 famílias, sendo as mais citadas: Tribulus terrestres L. (n = 5), Lepidium meyenii Walp. (n = 3), Crocus sativus L. (n = 2) e Anthocleista djalonensis A. Chev. (n = 2). Os países com mais publicações foram China e Índia (n = 5), predominando o ano de 2017. O extrato aquoso (30,35%) é a forma mais utilizada; sendo raiz o órgão vegetal mais empregado (29,41%). Embora diversas espécies vegetais sejam usadas popularmente nas disfunções sexuais, são poucos os estudos de certificação de eficácia e segurança para uso terapêutico. Essa revisão pode orientar na seleção de espécies vegetais para prosseguimento com estudos de validação, e contribuir na oferta de novas opções alternativas e/ou complementares para tratamento de disfunções sexuais ou para a melhoria do bem-estar sexual; bem como orientar para uso racional.
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