Desfechos clínicos e funcionais da ventilação mecânica prolongada em pacientes hospitalizados: estratégias fisioterapêuticas

Clinical and functional outcomes of prolonged mechanical ventilation in hospitalized patients: physiotherapeutic strategies

Resumo

A ventilação mecânica é um recurso essencial no suporte ventilatório a pacientes em estado crítico. No entanto, seu uso prolongado pode estar associado a complicações significativas, como fraqueza muscular e perda funcional. Nesse cenário, a fisioterapia tem sido amplamente utilizada para mitigar essas consequências e promover a recuperação funcional dos pacientes. Os objetivos desta pesquisa foram analisar os impactos da ventilação mecânica prolongada sobre a capacidade funcional de pacientes críticos, bem como identificar as estratégias fisioterapêuticas mais utilizadas na prevenção e reabilitação das complicações associadas. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com buscas realizadas nas bases Scielo, Medline e Lilacs, entre setembro e novembro de 2024. Foram incluídos artigos publicados nos últimos cinco anos, nos idiomas português e inglês, disponíveis na íntegra. Como resultado foram selecionados 12 artigos que abordaram a associação, ou não, entre a ventilação mecânica prolongada e a fraqueza muscular periférica e respiratória. Os estudos também relataram os efeitos positivos de intervenções fisioterapêuticas, como a mobilização precoce, o treinamento muscular inspiratório e os cuidados respiratórios, na preservação da capacidade funcional e na redução do tempo de ventilação mecânica. Pode-se concluir que a ventilação mecânica prolongada tem sido associada à fraqueza muscular e à redução da funcionalidade em pacientes críticos. Diante disso, as estratégias fisioterapêuticas mais utilizadas foram: mobilização precoce passiva e ativa com exercícios de fortalecimento progressivos, o treinamento muscular inspiratório e a fisioterapia respiratória com técnicas de expansão pulmonar, desobstrução das vias aéreas.

Palavras-chave: Deambulação precoce. Debilidade muscular. Modalidades de fisioterapia. Respiração artificial. Unidades de terapia intensiva.

Abstract: Mechanical ventilation is an essential resource in ventilatory support for critically ill patients. However, its prolonged use may be associated with significant complications, such as muscle weakness and functional loss. In this scenario, physical therapy has been widely used to mitigate these consequences and promote functional recovery in patients. The objectives of this research were to analyze the impacts of prolonged mechanical ventilation on the functional capacity of critically ill patients, as well as to identify the most commonly used physiotherapy strategies in the prevention and rehabilitation of associated complications. This is an integrative literature review, with searches conducted in the Scielo, Medline, and Lilacs databases between September and November 2024. Articles published in the last five years, in Portuguese and English, available in full, were included. As a result, 12 articles were selected that addressed the association, or lack thereof, between prolonged mechanical ventilation and peripheral and respiratory muscle weakness. The studies also reported the positive effects of physiotherapeutic interventions, such as early mobilization, inspiratory muscle training, and respiratory care, on preserving functional capacity and reducing mechanical ventilation time. It can be concluded that prolonged mechanical ventilation has been associated with muscle weakness and reduced functionality in critically ill patients. Given this, the most commonly used physiotherapy strategies were: early passive and active mobilization with progressive strengthening exercises, inspiratory muscle training, and respiratory physiotherapy with lung expansion techniques and airway clearance.

Keywords: Artificial respiration. Early ambulation. Intensive care units. Muscle weakness. Physical therapy modalities.

Resumen: La ventilación mecánica es un recurso esencial en el soporte ventilatorio de pacientes en estado crítico. Sin embargo, su uso prolongado puede estar asociado a complicaciones significativas, como debilidad muscular y pérdida funcional. En este contexto, la fisioterapia se ha utilizado ampliamente para mitigar estas consecuencias y promover la recuperación funcional de los pacientes. Los objetivos de esta investigación fueron analizar los impactos de la ventilación mecánica prolongada sobre la capacidad funcional de los pacientes críticos, así como identificar las estrategias fisioterapéuticas más utilizadas en la prevención y rehabilitación de las complicaciones asociadas. Se trata de una revisión integradora de la literatura, con búsquedas realizadas en las bases Scielo, Medline y Lilacs, entre septiembre y noviembre de 2024. Se incluyeron artículos publicados en los últimos cinco años, en portugués e inglés, disponibles en su totalidad. Como resultado, se seleccionaron 12 artículos que abordaban la asociación, o no, entre la ventilación mecánica prolongada y la debilidad muscular periférica y respiratoria. Los estudios también informaron sobre los efectos positivos de las intervenciones fisioterapéuticas, como la movilización temprana, el entrenamiento muscular inspiratorio y los cuidados respiratorios, en la preservación de la capacidad funcional y la reducción del tiempo de ventilación mecánica. Se puede concluir que la ventilación mecánica prolongada se ha asociado con debilidad muscular y reducción de la funcionalidad en pacientes críticos. Ante esto, las estrategias fisioterapéuticas más utilizadas fueron: movilización temprana pasiva y activa con ejercicios de fortalecimiento progresivo, entrenamiento muscular inspiratorio y fisioterapia respiratoria con técnicas de expansión pulmonar y desobstrucción de las vías aéreas.

Palabras clave: Deambulación temprana. Debilidad muscular. Modalidades de fisioterapia. Respiración artificial. Unidades de terapia intensiva.