Autopercepção de trabalhadores com deficiência em uma empresa agroindustrial catarinense: desafios e perspectivas
Self-perception of workers with disabilities in an agroindustrial company in Santa Catarina: challenges and perspectives
DOI:
https://doi.org/10.33362/juridico.v14i2.3937Resumo
A inclusão de pessoas com deficiência (PcDs) no mercado de trabalho é um tema central nas discussões sobre igualdade de oportunidades e justiça social. Este estudo teve como objetivo analisar a autopercepção de trabalhadores PcDs em relação às funções exercidas em uma empresa agroindustrial de Videira/SC, identificando perfil, dificuldades enfrentadas e grau de satisfação. A pesquisa caracterizou-se como aplicada, descritiva e de levantamento, com abordagem mista, combinando dados quantitativos e qualitativos obtidos por meio de questionário estruturado aplicado a nove colaboradores PcDs. Os resultados revelaram predominância masculina, maior incidência de deficiência física, satisfação geral com o trabalho e reconhecimento de ganhos como independência financeira e autoestima. Contudo, destacaram-se desafios relacionados à acessibilidade estrutural, baixa participação feminina, episódios de preconceito e ausência de políticas formais de capacitação. Conclui-se que a promoção de políticas inclusivas e educativas é essencial para consolidar um ambiente organizacional verdadeiramente inclusivo.
Palavras-chave: Acessibilidade. Inclusão organizacional. Satisfação no trabalho.
ABSTRACT: The inclusion of people with disabilities (PwDs) in the labor market is a central theme in debates on equal opportunities and social justice. This study aimed to analyze the self-perception of PwD employees regarding their roles in an agribusiness company in Videira/SC, identifying profiles, difficulties, and job satisfaction. The research was applied, descriptive, and survey-based, using a mixed-methods approach that combined quantitative and qualitative data collected through a structured questionnaire administered to nine PwD employees. Results revealed a predominance of male workers, a higher incidence of physical disabilities, overall job satisfaction, and recognition of gains such as financial independence and self-esteem. However, challenges were highlighted, including structural accessibility limitations, low female participation, reports of prejudice, and the absence of formal training policies. The study concludes that the promotion of inclusive and educational policies is essential to consolidate a truly inclusive organizational environment.
Keywords: Accessibility. Organizational inclusion. Job satisfaction.
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