TEORIA DO COMPORTAMENTO PLANEJADO: UM ESTUDO COM CLIENTES DE UM RESTAURANTE VEGETARIANO

THEORY OF PLANNED BEHAVIOR: A STUDY WITH CLIENTS OF A VEGETARIAN RESTAURANT

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33362/visao.v11i2.2910

Resumo

Observando o crescente interesse nos produtos vegetarianos e tendo por base a Teoria do Comportamento Planejado, desenvolvida por Ajzen (1988), que descreve as atitudes, as normas subjetivas e o controle comportamental percebido como preditores da intenção comportamental, o objetivo desse estudo é analisar o comportamento de consumo dos clientes de um restaurante vegetariano localizado na cidade de Cascavel/PR. A metodologia é definida, quanto aos fins e aos meios, como pesquisa descritiva e de levantamento, obtendo os dados por meio de um questionário com questões fechadas aplicado aos clientes do restaurante em estudo. Como resultado, pôde-se constatar que as atitudes, normas subjetivas e o controle comportamental percebido exercem forte influência nas decisões de comportamento vegetariano nos respondentes. Isto pode ser explicado também pelo fato de que muitos respondentes concordam que os produtos vegetarianos são saudáveis, éticos e sustentáveis, tendo uma percepção positiva quanto ao vegetarianismo. O estudo contribui ainda para a aplicação prática de uma teoria em uma organização por meio do estudo de caso, relacionando a Teoria do Comportamento Planejado com o consumo de alimentos vegetarianos.

Palavras-Chave: Vegetarianismo. Comportamento de consumo. Teoria do Comportamento Planejado.

 

Abstract: Observing the growing interest in vegetarian products and based on the Theory of Planned Behavior, developed by Ajzen (1988), which describes attitudes, subjective norms and behavioral control perceived as predictors of behavioral intention, the objective of this study is to analyze the consumer behavior of customers of a vegetarian restaurant located in the city of Cascavel - PR. The methodology is defined, for purposes and means, as descriptive and survey research, obtaining the data through a questionnaire with closed questions applied to the customers of the restaurant under study. As a result, it was found that attitudes, subjective norms and perceived behavioral control have a strong influence on vegetarian behavior decisions in respondents. This can also be explained by the fact that many respondents agree that vegetarian products are healthy, ethical and sustainable, with a positive perception of vegetarianism. The study also contributes to the practical application of a theory in an organization through the case study, relating the Theory of Planned Behavior to the consumption of vegetarian foods.

Keywords: Vegetarianism. Consumption behavior. Theory of Planned Behavior.

Referências

ALMEIDA, F.J.R.; SOBRAL, J.B.A. Os condicionantes psicológicos e estruturais da informatização organizacional: um estudo sobre empresas portuguesas utilizando o modelo de equações estruturais. In: EnANPAD, Anais, 2005.

ALMEIDA, G. O. Valores, Atitudes e Intenção Empresarial: um estudo com universitários brasileiros e cabo-verdianos. Tese de Doutorado. EBAPE – Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, FGV, São Paulo (SP), 2013.

ALVES, P. S. (2019). Bem-estar alimentar e vegetarianismo: um estudo sob a perspectiva da Pesquisa Transformativa do Consumidor.

AJZEN, I. Attitudes, personality and behavior. Chicago: Dorsey Press, 1988.

AJZEN, I. Attitudes, personality and behavior. Bristol: Open University Press, 1991.

AJZEN, I. Attitudes, personality and behavior. 2 ed. Maidenhead: Open University Press, 2005.

AJZEN, I. Consumer attitudes and behavior. In: HAUGTVEDT, C. P.; HERR, P. M.; CARDES, F. R. (Eds.). Handbook of consumer psychology. New York: Lawrence Erlbaum Associates, 2008.

AJZEN, I. From intentions to actions: A theory of planned behavior. In: KUHL, J. E.; BECKMANN, J. (Orgs.). Action Control: From Cognition to Behavior. Springer-Verlag: Berlim, p. 11-39, 1985.

AJZEN, I. Perceived behavioral control, self-efficacy, locus of control, and the theory of planned behavior. Journal of Applied Social Psychology, n. 32, p. 1-20, 2002.

AJZEN, I.; FISHBEIN, M. Understanding attitudes and predicting social behavior. Englewood Cliffs: Prentice Hall, 1980.

BAENA, R. C. Dieta vegetariana: riscos e benefícios. Revista Diagnósticos e tratamentos. v. 20, ed. 2, p. 56-64, 2015.

BEIG, B. B. A prática vegetariana e os seus argumentos legitimadores: viés religioso. Revista Nures. Rio Claro: UNESP, 2009.

BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W.; ENGEL, J. F. Comportamento do consumidor. 9. ed. São Paulo: Pioneira Thompson Learning, 2005.

BOGERS, R. P. et al. Explaining fruit and vegetable consumption: The Theory of Planned Behavior and misconception of personal intake levels. Appetite, London, v. 42, n. 2, p. 157-166, apr. 2004.

CASTAÑÉ, S.; ANTÓN, A. Assessment of the nutritional quality and environmental impact of two food diets: A Mediterranean and a vegan diet. Journal of Cleaner Production, 1-9, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2017.04.121. Acesso em: 21 maio 2017.

CHURCHILL, G. A.; PETER, J. P. Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo: Saraiva, 2000.

CIALDINI, R. B.; GOLDSTEIN, N. J. Social influence: Compliance and conformity. Annual Review of Psychology, Palo Alto, CA, v. 55, n. 1, p. 591-621, feb. 2004.

COUCEIRO, P.; SLYWITCH, E.; LENZ, F. Padrão alimentar da dieta vegetariana. São Paulo, 2008. Disponível em: http://apps.einstein.br/revista/arquivos/PDF/518-v6n3aRW518portp365-73.pdf. Acesso em: 27 out. 2018.

CRAIG, W. J.; MANGELS, A. R. Postura de la Asociación Americana de Dietética: dietas vegetarianas. American Dietetic Association. Actividad Dietética, v. 14, n. 1, p. 10-26, 2010.

EARTHSAVE FOUNDATION. Our food, our future. Making a difference with every bite: The power of the fork! 1-21 p. New York, 2006.

DE ABREU TIBÉRIO, Gabriel Alex; DE SOUSA TEODÓSIO, Armindo dos Santos. ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA: análise sobre o consumo entre classes sociais de Belo Horizonte, MG. PISTA: Periódico Interdisciplinar [Sociedade Tecnologia Ambiente], v. 3, n. 1, p. 181-201, 2021.

ENGEL, J. F.; BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W. Comportamento do Consumidor. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

FOX, M. A. Vegetarianism and planetary health. Ethics and the Environment, p. 163-174, 2000.

FRANCIS, J.; ECCLES, M. P.; JOHNSTON, M.; WALKER, A. E.; GRIMSHAW, J. M.; FOY, R.; KANER, E. F. S.; SMITH, L.; BONETTI, D. Constructing questionnaires based on the theory of planned behavior: a manual for health services researchers. United Kingdom: Centre for Health Service Research. May, 2004.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2007.

IBOPE. Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística, 2012. Disponível em: http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/Paginas/Dia-Mundial-do-Vegetarianismo-8-dapopulacaobrasileira- afirma-ser-adepta-ao-estilo.aspx.

IBOPE. Inteligência. (2018). Pesquisa de opinião pública sobre vegetarianismo. (1), 430–439.

KOTLER, P. Administração de marketing: análise, planejamento, implementação e controle. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1998.

MARTINS, E. C. B.; SERRALVO, F. A.; JOÃO, B. D. N. Teoria do Comportamento Planejado: uma aplicação no mercado educacional superior. Gestão & Regionalidade, v. 30, n. 88, p. 107-122, 2014.

MARTINS, G. A.; THEÓPHILO, C. R. Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicada. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MOWEN, J. C.; MINOR, M. S. Comportamento do consumidor. 1. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2003.

NASCIMENTO, I. S. Vegetarianos do Brasil: consumo x produção de carne. Brasília: NB/Centro de Desenvolvimento Sustentável, 2007.

PEDRO, N. Dieta vegetariana – Factos e Contradições. Coimbra, v. 17 n. 3, p. 173-178, jul./set. 2010. Disponível em: http://www.spmi.pt/revista/vol17/vol17_n3_2010_173_178.pdf. Acesso em: 06 dez. 2017.

PEREIRA, J. C. Vegetarianismo e obesidade sob perspectiva genética. Uma revisão da literatura sobre obesidade, genética e vegetarianismo. Trabalho de conclusão de curso da UEPB. Campina Grande/PB, 2012.

PERIARD, G. A hierarquia de necessidades de Maslow – o que é e como funciona. jun. 2011. Disponível em: http://estrategiaemercado.blogspot.com/2011/06/hierarquia-de-necessidades-demaslow- o.html. Acesso em: 17 ago. 2018.

PINTO, M. R. A Teoria do Comportamento Planejado (TCP) e o Índice de Disposição de Adoção de Produtos e Serviços Baseados em Tecnologia (TRI): Uma Interface Possível? Revista Gestão & Tecnologia, Pedro Leopoldo, v. 7, n. 2, p. 1-13, ago./dez. 2007.

RAMOS, FERNANDA. O consumo de alimentos substitutos: uma aplicação da teoria do comportamento planejado. 2021. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

RIVIS, A.; SHEERAN, P. Descriptive norms as an additional predictor in the Theory of Planned Behaviour: A meta-analysis. Current Psychology, New Brunswick, NJ, v. 22, n. 3, p. 218-233, Fall, 2003.

RODRIGUES, A. R.; CARVALHO, D. R.; OLIVEIRA, S. R.; FREITAS, R. C.; SETTE, R. S. O Vegetarianismo como Estilo de Vida e Postura de Consumo: uma análise dos fatores influentes na adoção de uma dieta vegetariana. In: Encontro Nacional de Estudos do Consumo, 4. Rio de Janeiro, 2012. Disponível em: http://www.sisgeenco.com.br/sistema/enec/enec2012/ARQUIVOS/GT5-127-96-20120814121012.pdf. Acesso em: 01 jul. 2018.

SANDHUSEN, R. L. Marketing básico. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2003.

SANT’ANA, E. C. O cardápio oculto: um estudo sobre a ideologia vegetariana. UFJF/Dep. Ciências Sociais, 2008.

SCHIFFMAN, L. G.; KANUK, L. L. Comportamento do consumidor. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.

SCHIFFMAN, L. G.; KANUK, L. L. Comportamento do consumidor. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.

SCHINAIDER, A. D. Consumo vegano: O estado da arte e o comportamento do consumidor baseado na teoria do comportamento planejado (TCP). Dissertação de mestrado da CEPAN. Porto Alegre/RS, 2018.

SOLOMON, M. R. O comportamento do consumidor: comprando, possuindo e sendo. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002.

SVB-Sociedade Vegetariana Brasileira. Vegetarianismo. 2022.

TEIXEIRA, R. D. C. M. D. A.; MOLINA, M. D. C. B.; ZANDONADE, E.; MILL, J. G. Risco cardiovascular em vegetarianos e onívoros: um estudo comparativo. Universidade Federal do Espírito Santo. Vitória/ES, 2007.

VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 2.ed. São Paulo: Atlas, 1998.

WHITAKER, P. Um problema que afeta a todos. Revista Atualidades Vestibular+Enem: Um mundo em migração. São Paulo, sem. 2, 170-177, 2014.

WILLOCK, J.; DEARY, I. J.; EDWARDS-JONES, G.; GIBSON, G. J.; MCGREGOR, M. J.; SUTHERLAND, A.; DENT, J. B.; MORGAN, O.; GRIEVE, R. The Role of Attitudes and Objectives in Farmer Decision Making: Business and Environmentally-Oriented Behaviour in Scotland. Journal of Agrincural Economics, v. 50, n. 2, p. 286 – 303, 1999.

Downloads

Publicado

2022-12-27

Como Citar

CHANG, A.; FIEDLER, L.; MIECOANSKI, F. R. TEORIA DO COMPORTAMENTO PLANEJADO: UM ESTUDO COM CLIENTES DE UM RESTAURANTE VEGETARIANO: THEORY OF PLANNED BEHAVIOR: A STUDY WITH CLIENTS OF A VEGETARIAN RESTAURANT. Revista Visão: Gestão Organizacional, Caçador (SC), Brasil, v. 11, n. 2, p. 213–235, 2022. DOI: 10.33362/visao.v11i2.2910. Disponível em: https://periodicos.uniarp.edu.br/index.php/visao/article/view/2910. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos