DOENÇAS AUTOIMUNES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
AUTOIMMUNE DISEASES IN THE CONTEXT OF SCHOOL PHYSICAL EDUCATION
DOI:
https://doi.org/10.33362/professare.v12i1.3362Palavras-chave:
Educação física escolar, Doenças autoimunes, Grupos especiaisResumo
Nas doenças autoimunes encontramos subjetividades que precisam ser entendidas pelos profissionais de Educação Física. Cada caso necessita um aprofundamento específico, reforçando o fato de que os professores necessitam de formação continuada para conseguirem introduzir alunos acometidos por doenças autoimunes em suas aulas. Considerando isso, tem-se como objetivo analisar a percepção dos professores de Educação Física do Ensino Médio de duas escolas da Rede Estadual de Ensino da Coordenadoria Regional de Educação de Brusque sobre as doenças autoimunes. Para entender essa percepção dos professores, realizamos uma pesquisa com abordagem qualitativa, com objetivos de caráter exploratório, e como procedimentos, pesquisa bibliográfica e documental. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com três professores de Educação Física do Ensino Médio de duas escolas da Rede Estadual de Ensino da Coordenadoria Regional de Educação de Brusque. Após a análise das entrevistas, conseguiu-se observar que os participantes da pesquisa com conhecimento pouco aprofundado sobre esse tema, dois participantes associaram outras doenças às doenças autoimunes. Apesar de as dificuldades todos os três professores enfatizaram o tema inclusão na Educação Básica como obrigatório no espaço escolar. Portanto, notou-se a importância da busca pelo conhecimento em relação à atividade física para grupos especiais e doenças autoimunes, por consequência, obteríamos mais oportunidades de inclusão dos alunos nas aulas de Educação Física e nos demais componentes curriculares da Educação Básica.
Palavras-Chave: Educação física escolar. Doenças autoimunes. Grupos especiais.
ABSTRACT
In autoimmune diseases, we find subjectivities that need to be understood by Physical Education professionals. Each case requires specific in-depth analysis, reinforcing the need for teachers to continue training competence to introduce students affected by autoimmune diseases into their classes. Considering this, the objective is to analyze the perception of high school Physical Education teachers from two schools in the State Education Network of the Regional Education Coordination of Brusque about autoimmune diseases. To understand this perception of teachers, we carried out research with a qualitative approach, with exploratory objectives, and as procedures, bibliographic and documentary research. We had semi-structured interviews with three high school Physical Education teachers from two schools in the State Education Network of the Regional Education Coordination of Brusque. After analyzing the interviews, it was possible to observe that research participants with little in-depth knowledge of this topic, two participants associated other diseases with autoimmune diseases. Despite the difficulties, all three teachers emphasized the inclusion topic in Basic Education as mandatory in the school space. We therefore recognized the importance of learning about physical activity for autoimmune disorders and special groups; as a result, we would have more options to include children in Physical Education classes and other Basic Education curriculum components.
Keywords: School physical education. Autoimmune diseases. Special groups.
Referências
AMIRALIAN, Maria LT et al. Conceituando deficiência. Rev. Saúde Pública, São Paulo, 34 (1), p. 97-103, 2000.
ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H.; PILLAI, Shiv. Imunologia celular e molecular. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
BENCHIMOL, Daniel; SEIXAS, Lucia. Diabetes: Tudo o que você precisa saber. Rio de Janeiro: BestSeller, 2006.
BENGHI, Joel Roberto; ZOBOLI, Fabio. Educação física e promoção humana. Blumenau: Acadêmica Publicações Ltda., 2004.
BEYER; Hugo Otto. Inclusão e avaliação na escola: de alunos com necessidades educacionais. 4. ed. Porto Alegre: Mediação, 2013.
BUENO, V; SILVA, A. Pacheco. Tolerância oral: uma nova perspectiva no tratamento de doenças autoimunes. Revista da associação médica brasileira. vol. 45 n. 1. São Paulo. Jan./Mar. 1999.
CARVALHO, Alfredo Roberto de. et al. Pessoas com deficiência: aspectos teóricos e práticos. Cascavel: Editora Universitária – EDUNIOESTE, 2006.
CFM – CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. PC CFM Nº 7/2004: prescrição de exercícios físicos por cardiologistas, aos pacientes, em receitas médicas. Brasília, 2004. Disponível em: http://www.portalmedico.org.br/pareceres/cfm/2004/7_2004.htm. Acesso em: 20 nov. 2019.
FERREIRA, Vanja. Educação física, interdisciplinaridade, aprendizagem e inclusão. Rio de Janeiro: Sprint, 2006.
FONSECA, Jakeline Godinho; MACHADO, Marcella Jardim da Franca; FERRAZ, Cristiane Leal de Morais e Silva. Distrofia muscular de Duchenne: complicações respiratórias e seu tratamento. Revista de Ciências Médicas, Campinas, 16(2), p. 109-120, mar./abr. 2007.
GALLARDO, Jorge Sergio Pérez. Educação física escolar: do berçário ao ensino médio. 2. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
GIMENEZ, Roberto. Atividade física e deficiência intelectual. In: GREGUOL, Márcia; COSTA, Roberto Fernandes da (org.). Atividade física adaptada: qualidade de vida para pessoas com necessidades especiais. Barueri: Editora Manole Ltda., 2013. p. 78 – 129.
GORONZY, Jörg J.; WEYAND, Cornelia M. Sistemas imunológicos inato e adaptativo. In: GOLDMAN, Lee; SCHAFER, Andrew I (org.). Cecil medicina. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. p. 252-261.
JUNIOR, William F. Young; MD, Frank H. Netter. Coleção Nettler de Ilustrações Médicas: Sistema Endócrino. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora LTDA., 2014.
KASHIWABARA, Tatiliana Bacelar et al. Medicina ambulatorial V: com ênfase em alergia e imunologia. 2. ed. Montes Claros: Dejan Gráfica e Editora, 2018.
KUMAR, Vinay; ABBAS, Abul K.; ASTER, Jon C. Patologia Básica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier Editora LTDA., 2013.
LUDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 2. ed. Rio de Janeiro: E.P.U., 2014.
MAGILL, Richard A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São Paulo: Edgard Blücher, 2000.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Metodologia do trabalho científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório, publicações e trabalhos científicos. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2013.
MATTOS, Mauro Gomes; NEIRA, Marcos Garcia. Educação física na adolescência: construindo o conhecimento na escola. São Paulo: Phorte Editora, 2000.
MICHEL, Maria Helena. Metodologia e pesquisa científica em ciências sociais: um guia prático para acompanhamento da disciplina e elaboração de trabalhos monográficos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Asma: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Disponível em: http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/asma. Acesso em: 15 nov. 2019.
MITTLER, Peter. Educação inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003.
MOREIRA, Marcos Aurélio et al. Esclerose múltipla: estudo descritivo de suas formas clínicas em 302 casos. Arq Neuropsiquiatria, São Paulo, 58(2-B), p. 460-466, 2000.
MYERS, Amy. Doenças autoimunes: previna e reverta todo um universo de doenças inflamatórias. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2016.
NOVA ENCICLOPÉDIA BARSA. Diabetes. In: NASSETTI, Pietro (org.). O que você precisa saber sobre diabetes. São Paulo: Editora Martin Claret, 2001. p. 9-12.
O’BRYAN, Tom. Como tratar doenças autoimunes: Entenda as causas, seus sintomas e tome as decisões adequadas. São Paulo: Buzz Editora LTDA., 2018.
ROITT, Ivan M. et al. Fundamentos de imunologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
SARINHO, Emanuel Sávio Cavalcanti; ALVES, João Guilherme Bezerra. Alergia e Imunologia: na criança e no adolescente. Rio de Janeiro: MedBook, 2013.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. 3. ed. Rio de Janeiro: WVA, 1999.
SATO, El. et al. Revista da Associação Medica Brasileira: Lúpus Eritematoso Sistêmico: acometimento cutâneo/articular. São Paulo, 2006.
SCHEINBERG, Gabriela; SCHEINBERG, Moreton A. Artrite e doenças auto-imunes: Guia com informações para pacientes e seus familiares. São Paulo: Reichmann & Autores Edutores, 2006.
SELBACH, Simone. Educação física e didática. Petrópolis: Vozes, 2010.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação especial. A inclusão escolar de alunos com necessidades educacionais especiais: deficiência física. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2006. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/deffisica.pdf. Acesso em: 20 nov. 2019.
SILVA, Francisco Martins da (org.). Recomendações sobre condutas e procedimentos do profissional de educação física na atenção básica à saúde. Rio de Janeiro: CONFEF, 2012.
SIMÃO, Roberto. Fisiologia e prescrição de exercício para grupos especiais. 3. ed. São Paulo: Phorte, 2008.
STAINBACK, Susan; STAINBACK, William. Inclusão: um guia para educadores. Porto alegre: Artmed, 1999.
TANI, Go. et al. Educação física escolar: fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1988.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Professare
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à Revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta Revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta Revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta Revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
